Um estudo recente publicado pela FMI (Future Market Insights) apontou que o mercado global de suplementos alimentares deve ultrapassar a cifra de US$252 bilhões (R$1,25 trilhão) em 2025. Segundo a estimativa, o setor deve crescer 7,5% no valor de CAGR (Compound Annual Growth Rate, na sigla em inglês - Taxa de Crescimento Anual Composta, em português) em um período de dez anos, entre 2015 e 2025.
No Brasil, o fenômeno é puxado pela mudança de hábitos dos cidadãos. De acordo com dados da segunda edição da pesquisa “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares no Brasil”, realizada pela Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais), houve o aumento de 48% no consumo de suplementos alimentares em 2020. A análise também mostra que mais da metade (59%) das famílias do país têm ao menos um integrante que consome produtos do gênero.
O mercado de suplementos no Brasil de fato vem crescendo e há ainda muito espaço para o desenvolvimento de novos produtos e o maior desafio é se diferenciar no mercado de alguma forma.
Para os suplementos, além dos constituintes permitidos e alegações possíveis, a forma de apresentação também é regulada pela Anvisa, e esta deve sempre ser apresentada ao consumidor nas formas farmacêuticas, então, inovar por meio da forma de apresentação não seria o caminho mais viável.
Outras possibilidades de inovação em suplementos seriam mudanças nas embalagens, facilitar ao consumidor o uso da recomendação diária, assim como através do uso de constituintes pouco explorados pela indústria e que já estão autorizados pela Anvisa.
Atualmente, os suplementos mais comuns no mercado são voltados para auxílio na performance, na beleza como manutenção das unhas, cabelo e pele, no fortalecimento da imunidade, no fornecimento de fibras para promoção de um bom funcionamento do intestino e entre outros. Quando nos deparamos com diversos desses suplementos e analisamos os constituintes observamos uma repetição do que já existe no mercado e é isso que podemos estudar para inovar.
Devemos considerar que entrar no mercado com um suplemento que oferece um constituinte pouco explorado pela indústria exige um esforço e investimento maior de marketing para educar o consumidor quanto aos benefícios. Por exemplo, o Metilsulfonilmetano, que é uma forma natural do enxofre orgânico, um mineral necessário para o organismo e contribui para a síntese de diversas proteínas estruturais, principalmente o colágeno, condroitina e ácido hialurônico. É um constituinte pouco usado, mas está na lista positiva de constituintes da Anvisa (IN 28/2018) e pode estar presente nas fórmulas. Por mais que não existam alegações possíveis de serem feitas sobre ele, se usado de forma conjunta com compostos que já são conhecidos e permitidos, podem trazer um diferencial para o suplemento e resultados evidentes para o consumidor.
Cada suplemento alimentar possui uma finalidade, e a formulação precisa ser elaborada a fim de atendê-la. Entregar produtos que tenham efeitos perceptíveis no consumidor é crucial, porém ter o conhecimento técnico e conseguir comunicar os benefícios em uma linguagem de fácil compreensão ao consumidor, a qual pode ser feita tanto através de websites e mídias sociais pode impulsionar as vendas significativamente.
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